O Menino Sem Imaginação


Livro:  O menino sem imaginação
Autor: Carlos Eduardo Novaes


Resenha crítica

A história fala sobre um menino chamado Tavinho que não tem imaginação e não dá a mínima para isto.
Ele mora com sua mãe que não tem emprego; sua tia que não tem marido; seu avô que não tem carro; sua irmã que não tem peito; seu pai que não te telefone celular. Maria, a empregada, não tem estudo emTavinho não conhece ninguém mais alegre do que ela.
Tavinho pode não ter  imaginação, mas tem memória, inteligência, rapidez de raciocínio e, mais que tudo, capacidade de observação.
Descobriu que não tinha imaginação no dia em que a professora pediu à classe para desenhar uma galinha. Em sua casa, todos acham que Tavinho é um garoto cheio de imaginação.
Tavinho adora ver televisão. Quando sair da escola e não precisar fazer mais deveres, vai assistir televisão de manhã, de tarde e de noite.
Tem dois aparelhos de TV no quarto e irá ganhar mais um de seu avô que se chamará Fantástica. Sua TV mais velha se chama babá. Sua irmã diz que tem uma relação doida com os televisores, que ele os trata como se fosse seres humanos.
Sua outra televisão se chama Plim-Plim. É jovem, moderna e quando Tavinho pega no sono ela não fica falando sozinha feito a Babá. Depois de algum tempo, ela mesma se desliga sozinha e vai dormir também.
Um dia durante um jogo de futebol da seleção brasileira onde todo o país parou para o jogo, acontece uma pane no sistema de telecomunicações que deixa o Brasil inteiro sem televisão.
O país inteiro virou um caos! E quem mais sobre com tudo isso é Tavinho.
Um dia depois, ele vai até o quarto de Maria e diz que se a televisão não voltar eles vão para algum país que tiver televisão.
Alguns dias depois, Tavinho liga suas três TVs mesmo que não estivessem funcionando. Fez tanta força que começou a vomitar imagens que permaneciam guardadas no estômago da memória. Era como se a televisão fosse ele.
Quando Tavinho e Maria decidiram fugir, a irmã dele acabou descobrindo e os levou direto para casa. Durante o caminho, Tavinho contou para sua irmã o que sentia quando ligava e sua falta de imaginação.
Sua irmã explica que como Tavinho vê muita televisão desde que nasceu, as imagens dele se adiantaram ao exercício da sua imaginação pessoal.
Um dia sua avó o levou ao shopping e lhe disse que a Ciência não admite a existência de um ser humano sem imaginação.
No dia seguinte, Tavinho foi ligar Babá e cuspiu a última imagem da TV. Feliz tenta se imaginar fechando a porta do armário, mas não deu certo. Pela primeira vez ficou nervoso e chateado por não ter imaginação.
Nesse dia, finalmente a televisão voltou! Frustado com sua imaginação, decide passar o dia inteiro na frente da televisão.
Na volta da escola, entrou em uma lanchonete e imaginou sua mãe dividida, sem saber se ria pela volta da televisão ou se chorava com a notícia de seu avô e muitas outras coisas. Ele finalmente havia conseguido imaginar algo!

Sobre o autor

Carlos Eduardo de Agostini Novaes é advogado, cronista, romancista, contista e dramaturgo brasileiro. Seus livros abordam temas da política brasileira, cotidiano urbano, vida conjugal e o universo adolescente, sempre de forma crítica e bem-humorada.

Conclusão

Essa história nos ensina que nós não devemos ficar o tempo todo assistindo televisão, mas que devemos imaginar, afinal fugir da realidade de vez em quando é muito bom.

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